São necessários R$ 70 bilhões para solucionar os gargalos em infraestrutura e aumentar a competitividade das indústrias de Santa Catarina, do Paraná e do Rio Grande do Sul. A estimativa é do projeto Sul Competitivo, demandado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelas federações (FIESC, FIEP e FIERGS).
O estudo foi apresentado nesta terça-feira, na sede da CNI, em Brasília, com a presença do governador Raimundo Colombo, da ministra Ideli Salvatti, além do presidente da Empresa de Planejamento de Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, parlamentares e lideranças industriais do Estado. Para destravar os nós logísticos, este montante precisa ser investido em 177 projetos.
A região Sul responde hoje por 17% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Para o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, um dos aspectos mais importantes do Sul Competitivo é o fortalecimento da união da indústria dos três Estados na definição de quais obras devem ser priorizadas na região. "Daqui para frente buscaremos o engajamento dos parlamentares, governos estaduais, agentes financiadores e de toda a sociedade para que, como propõe o estudo, seja considerada a lógica econômica na hora de definir que obra fazer primeiro. A melhoria da infraestrutura é crucial para a competitividade da indústria e passa pela ação conjunta dos setores público e privado", diz.
Para acelerar a recuperação da infraestrutura de logística, no entanto, a proposta é que 51 destes 177 projetos sejam priorizados por gerarem maior competitividade para a região. A sugestão é que seja criada uma força tarefa entre governos, iniciativa privada e terceiro setor para garantir que esses projetos, previstos em oito eixos prioritários, sejam viabilizados no curto e médio prazo. Juntos, demandariam R$ 15,2 bilhões em investimentos.
Apesar dos oitos eixos demandarem um investimento de apenas 22% do total, a recuperação deles evitaria gastos anuais de R$ 3,4 bilhões, o que equivale a 80% das perdas totais em função do déficit de infraestrutura de transportes verificados atualmente nos três estados. A estimativa é que as perdas logísticas nos 177 projetos equivalem a R$ 4,3 bilhões por ano.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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