A decisão do Banco Central de dar início a medidas para conter a expansão do crédito, divulgada nesta semana, deve refletir a curto prazo no setor imobiliário. As medidas devem diminuir o volume de vendas de imóveis, porém, também reduzirão a inadimplência - que atingiu o maior índice dos últimos nove anos: aumentou 25% no primeiro bimestre de 2011, comparado com o mesmo período do ano passado.
"É claro que todo mundo quer diminuir o déficit habitacional do país, mas o consumidor também precisa fazer uma boa aquisição. Comprar um bom imóvel e conseguir pagar depois é o mais importante", avalia Virgínia Duailibe, presidente da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI). Ela diz que o setor imobiliário já esperava medidas preventivas do Banco Central diante da alta da inflação e da inadimplência.
As mudanças que vem pela frente vão fazer as construtoras reverem os projetos para 2011 - depois de viverem o boom imobiliário de 2010. A primeira a anunciar esta revisão foi a Cyrela Brazil Realty, que previa vender entre 7,6 e 8,4 bilhões de reais neste ano. Neste mês, a construtora e incorporadora anunciou novas metas: as vendas devem ficar entre 6,9 e 7,7 bilhões de reais.
O anuncio fez as ações da companhia recuarem mais de 6% em um dia. "Acredito que agora o mercado fará projeções mais conscientes e seguras. O que não chega a ser negativo. Será um momento mais realista", analisa Virgínia Duailibe.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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