O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nesta quinta-feira (23) o resultado da 8ª Edição da Pesquisa de Emprego Bancário, a PEB.
O documento, que foi desenvolvido com o auxílio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), indica um saldo positivo para o setor de empregos bancários no ano de 2010, com 24.032 novos postos de trabalho criados nos bancos.
O número destoa dos dados de 2009 que segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego)apontavam para uma diminuição de 621 vagas. Comparando o setor de empregos bancários com o número de 2.136.947 postos gerados em todos os setores da economia, os bancos contribuíram com apenas 1,12%.
Remuneração
O estudo indica que as faixas de remuneração de até 4 salários mínimos no setor bancário apresentaram saldo positivo de geração de postos de trabalho e estes mesmos postos criados em 2010 somam 31.064. As faixas entre 4 e 10 salários mínimos apresentam saldo negativo mais acentuado, totalizando o fechamento de 5.572 postos de
trabalho. As faixas superiores a 10 salários mínimos também apresentam saldo negativo, embora menos acentuados, totalizando o fechamento de 1.455 postos de
trabalho.
No último ano, foram admitidos no setor, entre janeiro e dezembro, 57.450, bancários no Brasil, enquanto outros 33.418 foram desligados. O dado aponta que o saldo do
emprego foi positivo em 24.032 vínculos empregatícios. A remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.188,43, diante de R$ 3.506,88 dos desligados, o que representa
diferença de -37,60%.
Desempenho por região
Com o pior desempenho, a região Norte registrou o menor saldo no emprego, com a criação de 981 postos de trabalho em 2010. No extremo oposto aparece o Sudeste, com
a geração de 16.065 vagas.
Entretanto, em termos comparativos, a região Norte apresentou maior expansão das vagas de emprego (6,33%). Juntamente com região Sudeste foram as únicas com
crescimento superior à média calculada para o território nacional (5,20%). No Nordeste foi registrado o pior desempenho: expansão de apenas 3,22% no número de postos de
trabalho em 2010.
A distância entre salários dos admitidos e desligados em 2010 é menor no Sudeste (-35,05%), onde a remuneração média dos admitidos é de R$ 2.383,85 e a dos desligados, de R$ 3.670,33.
Nas demais regiões, a distinção de salários dos admitidos e
desligados é superior a 40%, com destaque para o Centro-Oeste, que apresentou diferença superior a 45%.
Nível de escolaridade
A pesquisa do Dieese apontou também que os bancários têm escolaridade acima da média observada para a força de trabalhobrasileira. A movimentação registrada no Caged confirma essa afirmação. Tanto entre os admitidos quanto entre os desligados predominam trabalhadores com escolaridade superior - completa, ou não.
Entre os admitidos, 98,92% possuem ensino médio completo, ensino superior incompleto ou ensino superior completo. Para os desligados, essa proporção é de
94,49%. Isso significa que as admissões realizadas em 2010 tendem a aumentar a porcentagem de trabalhadores com, pelo menos, o ensino médio completo.
Do ponto de vista do saldo do emprego no ano, a pesquisa mostra que, proporcionalmente, os postos diminuem entre bancários que têm até ensino médio incompleto. O
saldo de admissões é positivo para bancários com ensino médio completo, superior incompleto e completo.
Mais da metade das vagas criadas em 2010 são para bancários com ensino superior incompleto, totalizando 12.605 postos, enquanto o saldo dos que têm ensino superior completo, embora positivo, é bastante inferior, totalizando 3.963 postos. Nessa faixa, encontra-se também o maior número de demissões de 2010 (foram 20.284 demissões, ou 60,70% do total).
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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