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BC prevê inflação maior e crescimento moderado do PIB em 2011

30/03/2011 – No primeiro relatório de inflação no governo de Dilma Rousseff, a projeção de inflação subiu de 5% para 5,6% e a do PIB foi reduzida de 4,5% para 4%

 

Inflação mais alta em 2011 e crescimento mais moderado do Produto Interno Bruto (PIB). É o que prevê o Banco Central no relatório trimestral de inflação, o primeiro do governo Dilma Rousseff. Pelo relatório, a projeção de inflação pelo cenário de referência subiu de 5% para 5,6% em 2011, acima do centro da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional. Por outro lado, o BC reduziu de 4,5% para 4% a projeção de expansão do PIB.

 

Para 2012, o BC está mais otimista e projeta um IPCA menor, mas o valor está acima do centro do centro da meta. A projeção cai de 4,8% para 4,6%. Pelo cenário de referência, a projeção para inflação acumulada em doze meses se posiciona acima do valor central da meta até o primeiro trimestre de 2012, quando alcança 4,8%, e em torno da meta nos trimestres posteriores.

 

De acordo com os dados do BC, a projeção de inflação acumulada em doze meses parte de 6,2% no primeiro trimestre de 2011, desloca-se para 6,6% no terceiro, mas recua e encerra o ano em 5,6%.

No primeiro trimestre de 2012, o IPCA fecha em 4,8%, recua para 4,4% no segundo e terceiro trimestres, encerrando o ano em 4,6%. De acordo com o BC, o recuo da projeção de inflação ao longo do primeiro semestre de 2012, em comparação a 2011, reflete, em parte, os efeitos da elevação da taxa básica de juros determinada pelo Copom em suas duas últimas reuniões e dos recolhimentos compulsórios em dezembro último.

 

Para o primeiro trimestre de 2013, a projeção se encontra em 4,5%. A probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2011, segundo o cenário de referência, situa-se em 20%. O risco ficou maior do que no relatório anterior, quando a probabilidade de estouro da meta era de 13%. Para 2012, essa probabilidade se encontra hoje em torno de 13%.

 

Ao avaliar os riscos para o controle de preços no Brasil no relatório trimestral de inflação do primeiro trimestre, o Banco Central traçou um cenário econômico que considera a tendência de recuperação da atividade econômica global. Essa avaliação é mais otimista do que no relatório anterior, divulgado em dezembro, quando o BC trabalhava com uma perspectiva de recuperação ainda lenta da atividade econômica, com menor possibilidade de reversão.

 

No documento, o BC trabalha também com um cenário que contempla uma "certa disseminação de pressões inflacionárias, maior em economias emergentes. Do lado interno, o cenário prevê uma moderação da atividade econômica. Mesmo com Projeções de inflação para este ano menos favoráveis, o BC avalia que houve avanços no balanço de riscos para a inflação. No relatório anterior, o balanço de riscos havia evoluído desfavoravelmente.

 

Para o BC, o principal risco inflacionário continua relacionado ao comportamento dos preços das commodities. Desde o último Relatório, a perspectiva para a evolução dos preços das commodities nos mercados internacionais, inclusive petróleo, se apresenta envolta em incerteza. O BC cita como exemplo dessas incertezas o impacto do terremoto no Japão, crise política nos países árabes, ritmo de retomada econômica diferenciada entre os países, possibilidade de desaceleração da China de volatilidade nos mercados financeiros internacionais.

 

Na avaliação do BC, diminuíram as chances de haver nova rodada de ações monetárias não convencionais, as quais têm sido vistas como elemento de apoio para a escalada recente dos preços das commodities nos mercados internacionais.

 

Cenário de mercado

O relatório trimestral de inflação prevê um aumento para 5,6% da projeção de IPCA em 2011 pelo cenário de mercado. O valor está 0,8 ponto porcentual acima da estimativa do relatório anterior de inflação, que projetava o IPCA em 4,8% ao final deste ano.

 

Pelo cenário de mercado, que leva em consideração estimativas de câmbio e juros do mercado, a projeção para a inflação acumulada em doze meses vai oscilar em patamares superiores à meta (de 4,5% fixada pelo governo) até o primeiro trimestre de 2012. Nesse cenário, a projeção parte de 6,2% no primeiro trimestre de 2011, se desloca para 6,6% no terceiro trimestre e encerra o ano em 5,6%.

 

Para 2012, no cenário de mercado, o IPCA vai fechar em 4,6%, acima do valor de 4,5% previsto no relatório trimestral de inflação divulgado em dezembro passado. Pelos dados do BC, nesse cenário, a projeção de inflação se encontra em 4,8% no primeiro trimestre de 2012, recua para 4,4% no segundo e terceiro trimestres, encerrando o ano em 4,6%. Para o primeiro trimestre de 2013, a projeção se encontra em 4,5%.

 

A probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2011 situa-se em 18%, ante 13% no relatório anterior. Para 2012, essa probabilidade se encontra em torno de 18%, igual à previsão anterior.

Cenário alternativo

O Relatório Trimestral de Inflação traz também pela primeira um cenário alternativo de inflação, que se soma agora aos cenários de referência e de mercado que já eram traçados pela autoridade monetária.

Por esse cenário, a projeção de inflação para 2011 é de 5,5% e, em 2012, o IPCA deve fechar em 4,4%, abaixo do centro da meta de 4,5% de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para o primeiro trimestre de 2013, o BC projeta uma inflação mais baixa, de 4,3%.

 

O cenário alternativo leva em consideração a manutenção da taxa de câmbio, no horizonte relevante, em patamares semelhantes aos observados no passado recente.

 

 

 

 

Autor: Agência Brasil

Fonte: FCDL/SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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