Trata-se do fundo imobiliário, uma espécie de clube onde é possível comprar cotas de baixos valores e ganhar em cima de aluguéis ou da valorização na revenda do imóvel. Para se ter uma ideia, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) renderam oito vezes mais que a Bolsa este ano.
Muitos investidores já se deram conta desse potencial. O número de pessoas que aplicam nesse nicho cresceu 35% desde janeiro. A procura levou a BM&F Bovespa a criar, em setembro, o índice que mede os ganhos dos FIIs, o Ifix. “O índice ajuda o investidor a observar o comportamento desses fundos e a decidir o que fazer”, destaca Paulo Cirulli, da BM&F Bovespa.
Antes de sair colocando dinheiro nesse negócio, porém, educadores financeiros aconselham avaliar os riscos. “Esse é um investimento de longo prazo, que precisa ser feito com cautela. Não adianta olhar para o passado e achar que o futuro do mercado imobiliário está garantido”, pondera Luiz Calado, autor de um guia sobre compra e venda de imóveis.
Os fundos imobiliários se tornaram atrativos após a queda da taxa Selic, que deixou aplicações de renda fixa (como a poupança) menos rentáveis. Para o economista Samy Dana, da FGV, entretando, são essas que continuam as melhores para o pequeno poupador.
Como funciona
- Um fundo imobiliário é mais ou menos como um clube, no qual cotistas unem aplicações, que são administradas por um agente profissional;
- É também uma forma de investir em imóveis sem precisar desembolsar muito dinheiro. Assim, em vez de pagar R$ 100 mil por uma sala comercial, o investidor compra “partes” da sala. As cotas variam de R$ 2 a R$ 1,5 mil, aproximadamente;
- Originalmente, os fundos imobiliários estão voltados para o mercado de aluguéis, mas é possível encontrar fundos dedicados à compra e à venda de imóveis.
Dicas
- Avalie os riscos. Se a ideia é investir cotas em um prédio que será alugado, é possível que haja demora para encontrar locatários. Outro problema, nesse caso, é o não pagamento de aluguéis;
- Considere a finalidade do imóvel. Um prédio que abriga um hospital, por exemplo, pode dar dor de cabeça, uma vez que há regras específicas para mudanças;
- Não se esqueça do risco de liquidez, que é a dificuldade para revender cotas;
- Não invista tudo em um único fundo.
Autor: Metro
Fonte: Secovi Rio
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