O desenvolvimento e a retenção de talentos e os investimentos em recursos humanos e marketing estão entre os aspectos que são determinantes no futuro das empresas do País. A informação consta na pesquisa "Panorama Empresarial 2011. Visões e expectativas sobre o novo ciclo de crescimento do Brasil", realizada pela empresa de consultoria Deloitte.
A atenção para a gestão de pessoas foi destaque na pesquisa. "As mudanças ocorridas no Brasil nos últimos anos têm contribuído para um aquecimento significativo do mercado de trabalho. Isso já se reflete no dia a dia das empresas. E a busca por profissionais qualificados e a retenção dessas pessoas ganharam relevância junto aos empresários", destaca o sócio e líder da área de Corporate Finance da Deloitte e responsável técnico pela pesquisa, José Paulo Rocha. Para ele, o fator "capital humano" passou a ser um diferencial competitivo no contexto econômico vivido pelo Brasil nos últimos anos.
Segundo o levantamento, além da prioridade para o capital humano, sobretudo com relação à criação e à manutenção de talentos, a interação com clientes, consumidores e fornecedores, o aumento da busca por parcerias para pesquisas e a participação de novos produtos na receita das empresas estão entre as principais expectativas do empresariado para os próximos anos.
Os empresários acreditam, segundo o levantamento, que o Brasil não deve crescer mais do que 5% em 2011 e até em 2015. Com relação a 2010, só 5% das empresas disseram que terminaram o ano sem crescer, e 8% deixaram de fazer investimentos. Mais de 40% dizem que não pretendem ampliar suas vendas no exterior até 2015.
Investimentos
As atividades de construção (55%), petróleo e gás (54%) e turismo, hotelaria e lazer (28%) somaram os maiores percentuais para potencial de crescimento nos próximos anos, segundo os empresários.
Um total de 27% pretende aumentar seus investimentos entre 5,1% e 10% nos anos de 2010 e 2011. Esse mesmo incremento previsto para 2015 está nos planos de 25% dos entrevistados.
Em 2011, os recursos serão destinados, principalmente, para ações de marketing e comunicação, segundo 70% dos respondentes, seguido dos recursos humanos, que aparecem em segundo lugar, de acordo com 68% dos participantes.
Os entrevistados apontaram uma perspectiva otimista para o aumento dos investimentos estrangeiros em 2015. A internacionalização das empresas é esperada por 81%. Para 79%, as fusões e aquisições devem aumentar em 2015. Ainda sobre mercado externo, 84% esperam um ou mais episódios de crise no mundo e 85% na ascendência política dos países emergentes
Dentre as empresas pesquisadas, a maior parte pretende lançar mais de 20 produtos e/ou serviços nos próximos anos (43% em 2011 e 34% em 2015).
Megaeventos
Com relação aos grandes eventos esportivos previstos para os próximos anos, o destaque na pesquisa é a necessidade de criação de alternativas viáveis de tranporte aéreo, citada por 76% dos entrevistados. A mobilidade urbana foi destacada em 67% das respostas e a segurança ficou em terceiro lugar, com 43%.
Quando questionadas sobre a eficácia das iniciativas adotadas neste e nos próximos anos, para endereçar os desafios do mercado, as empresas estão valorizando as ações de relacionamento como alternativa.
A "maior interação com consumidores e clientes" é tida como excelente ou boa estratégia para as empresas por 75% dos entrevistados. "Concentração no negócio principal" é apontada como excelente ou boa opção para 70% dos entrevistados. A maior interação com fornecedores teve 65% e a busca de novas parcerias, 61%.
O levantamento, realizado entre os dias 16 de dezembro de 2010 e 31 de janeiro de 2011, foi respondido, em sua maioria, por sócios, diretores e presidentes de empresas.
Autor: Infomoney
Fonte: Sebrae SC
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