Levantamento feito por SM para a edição do 40º Ranking de Supermercados, que circulará a partir de 20/04, constatou que a seção de padaria/confeitaria é que mais contribui percentualmente para a margem bruta das empresas supermercadistas. Além dela, nesses termos, também estão entre as cinco mais importantes bazar, hortifrútis, higiene e beleza e limpeza.
Segundo Simone Terra, consultora de varejo e trade marketing, uma explicação para essas seções ocuparem o topo da lista é o fato de os preços praticados não serem comparáveis. Ou seja, o consumidor não guarda os valores dos produtos na memória, como acontece com categorias do setor de alto giro. Em função disso, é possível aplicar percentuais de lucro maiores.
Com margem bruta de 46,99%, a padaria/confeitaria é uma seção na qual os supermercados podem criar diferenciais nos produtos, pois são produtos fabricados na própria loja. “Se o supermercado inclui um aroma diferente ou fabrica o produto em um formato que não existe, já criou algo diferente em relação à concorrência”, acrescenta a consultora. E isso justifica preços superiores aos dos estabelecimentos vizinhos.
No caso do bazar, a especialista lembra que a compra nas categorias dessa seção é, na maioria das vezes, de conveniência ou impulso. “O cliente vê um balde e aí se lembra de comprar”, diz Simone. Por essa característica, a margem bruta alcança uma média de 42,64% no setor.
“Essa seção possui uma infinidade de oportunidades, que pode elevar a lucratividade do supermercado. O segredo está em definir o mix corretamente. E essa tarefa passa por conhecer o perfil da clientela da região para selecionar adequadamente as categorias do bazar”, explica. Um exemplo: se a loja está localizada em uma área com muitos escritórios, pode ser interessante ampliar o sortimento de itens de papelaria.
Já no caso dos hortifrútis, cuja margem é de 37,56%, o grande diferencial é a qualidade. “Nessa seção, há produtos nos quais não é possível aplicar margens altas em função da concorrência, como batata, cenoura, banana. Já outros, com menor giro, permitem percentuais mais elevados. Caso do kiwi, da carambola e alguns tipos de uva”, explica.
Com margem bruta de 32,22%, o setor de higiene e beleza poderia contribuir mais com o lucro dos supermercados se tivesse um sortimento mais adequado e conseguisse competir com as farmácias. “Na minha opinião, a melhor estratégia para a seção é procurar elevar o volume, o que puxaria o lucro em valor, em vez de aplicar margens muito altas. Isso torna os preços menos competitivos em relação às drogarias”, completa a consultora.
Os produtos de limpeza, por sua vez, ganharam destaque porque no último ano os supermercados incluíram muitos itens que apelam à praticidade no mix. A margem bruta ficou em 31,55%.
Autor: Portal Supermercado Moderno
Fonte: FCDL/SC
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