O mercado de brinquedos brasileiro sofre com a concorrência dos produtos chineses. Para se ter uma ideia, 60% dos brinquedos vendidos no Brasil o ano passado foram importados do país asiático. Para reverter esta situação, a Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) tenta pleitear medidas com o governo que estimulam a competitividade do setor.
De acordo com o presidente da entidade, Carlos Tilkian, o setor está otimista com a disposição da presidente da República, Dilma Rousseff, em ajudar o segmento.
"O setor produtivo tem capacidade grande de recuperação. Nós sentimos que há uma determinação da presidenta e dos ministros da área econômica em procurarem dar essa competitividade porque, hoje, a perda dessa participação de mercado se dá por aspectos macroeconômicos e não por falta de produtividade e criatividade", disse Tilkian, segundo a Agência Brasil.
O que impede a competitividade
Como causadores da redução da competitividade, a Abrinq indica o câmbio, os impostos e o custo financeiro. Entre as reivindicações do setor, está o fim dos incentivos fiscais oferecidos por alguns estados para quem utilizar seus portos como entrada dos produtos.
Além disso, a Abrinq pede ainda maior rigorosidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) com produtos importados da mesma forma que age com relação aos produtos fabricados no Brasil.
"Queremos que esses produtos sejam testados no Brasil. Não podemos esquecer que estamos lidando com crianças. O brinquedo vai à boca, se ele cair, quebrar e deixar pontas, a criança pode se machucar. Então, o preço não pode ser o fator determinante da compra. Tem que ter cuidado com a qualidade do produto", disse Tilkian.
Ele acrescentou ainda que os brinquedos brasileiros, em sua história, não têm registros de produtos que passaram por recall ou até mesmo foram retirados do mercado. "Por outro lado, nós temos acompanhado, nos últimos anos, sistematicamente, produtos importados da China sendo obrigados a sair do mercado por falta de qualidade", finalizou.
Autor: Infomoney
Fonte: Sebrae
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