Em dez anos, o Vale do Itajaí aumentou sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) catarinense, que hoje soma R$ 123,28 bilhões, de 24,5% para 27%. Entre 1999 e 2008, a soma das riquezas da região subiu de R$ 9 bilhões para R$ 33,2 bilhões – salto de 265%. O Norte também registrou avanço. Representava 22,8% da economia do Estado e agora responde por 23,8%, passando de R$ 8,5 bilhões para R$ 29,4 bilhões – incremento de cerca de 247%. Todas as demais regiões – Grande Florianópolis, Oeste, Sul e Serra – perderam espaço no período. As constatações foram feitas pelo Noticenter a partir dos números do PIB de 2008, divulgados na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento revela que houve apenas uma alteração entre as dez maiores economias do Estado de 2007 para 2008. Lages, com PIB de R$ 2,36 bilhões, recuperou a décima colocação perdida por Brusque no ano anterior. Se considerados os números dos últimos dez anos, no entanto, as alterações são mais visíveis. Em 1999, Blumenau, hoje quarta colocada, ocupava a segunda posição, lugar que atualmente é de Itajaí, quinta na época. São Francisco do Sul subiu sete degraus no período, passando da 15ª para a oitava colocação. Joinville e Florianópolis mantiveram, respectivamente, o primeiro e o terceiro lugares.
ECONOMIA DE ITAJAÍ CRESCE 566%
O principal destaque do período fica por conta de Itajaí, que viu seu PIB evoluir 566% entre 1999 e 2008 – de R$ 1,52 bilhão para R$ 10,18 bilhões. Foi o terceiro maior avanço do Estado. Barra Velha registrou a segunda maior expansão do Vale, com 422,5%. O PIB de Blumenau cresceu 161% e alcançou a marca de R$ 7,39 bilhões. No Norte, o avanço mais expressivo foi de Garuva (615%). Com crescimento de 237%, o PIB de Joinville atingiu R$ 13,22 bilhões, o mais elevado entre os municípios catarinenses.
São João Batista liderou o crescimento na Grande Florianópolis, com expansão do PIB de 405%. A capital Florianópolis apresentou variação positiva de 209%, somando R$ 8,12 bilhões. No Sul, Criciúma cresceu 163% (R$ 2,79 bilhões) e Tubarão, 155% (R$ 1,62 bilhão). Lages, na Serra, avançou 218% (R$ 2,36 bilhões). No Oeste, Chapecó contabilizou alta de 153% (R$ 4,29 bilhões). Mas o destaque da região foi Guatambú, município com pouco mais de 4,6 mil habitantes, que registrou a maior expansão do PIB entre as cidades catarinenses no período que vai de 1999 e 2008: 913%.
SÃO FRANCISCO DO SUL SEGUE COM O MAIOR PIB PER CAPITA
Pelo sétimo ano consecutivo, São Francisco do Sul liderou o ranking do PIB per capita entre os municípios catarinenses: R$ 80.395,57 em 2008. O valor é 74,5% superior ao de Itajaí, segunda colocada, com R$ 59.928,37. Treze Tílias, no Oeste catarinense, figura na terceira colocação, com R$ 52.557,02. Joinville aparece na 25ª posição (R$ 26.865,04), Blumenau na 31ª (R$ 24.958,67) e Florianópolis na 61ª (R$ 20.184,09). A cidade de Cerro Negro, na região Serrana, tem o menor PIB per capita do Estado: R$ 6.910,21.
NO PAÍS, SEIS CAPITAIS CONCENTRAM 25% DO PIB
Em 2008, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus tinham os seis maiores PIB entre os municípios brasileiros e, juntos, eram responsáveis por 25% das riquezas produzidas no país. As capitais de todos os estados, no mesmo ano, respondiam por um terço da economia nacional. São Francisco do Conde (BA) apresenta o maior PIB per capita do Brasil: R$ 288.370,81. Na outra ponta está Jacareacanga (PA), com apenas R$ 1.721,23.