Florianópolis teve o segundo maior aumento da Cesta Básica. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realizou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, em 17 capitais braileiras e 14 delas apresentaram queda de preço em abril.
As maiores reduções de preços ocorreram em Salvador (-7,87%), Recife (-3,69%) e Aracaju (-3,36%).
Além da capital, outras duas cidades registraram aumento de preços: Porto Alegre (alta de 1,34%) e São Paulo (0,35%). A aquisição do conjunto de itens básicos em São Paulo custou R$ 268,52, o maior valor entre as localidades pesquisadas. Em Porto Alegre, o preço da cesta correspondeu a R$ 264,63.
As cidades com cestas mais baratas foram Aracaju (R$ 185,88), João Pessoa (R$ 198,79) e Recife (R$ 202,03).
Variações acumuladas
No primeiro quadrimestre deste ano, 15 das 17 localidades pesquisadas acumulam aumento de preços. A capital catarinense apresentou uma das maiores variações(6,05%), apenas perdendo para Brasília(6,27%).
Nos últimos 12 meses, Goiânia apresentou a maior variação para o conjunto dos produtos: 14,87%, seguida por Fortaleza (13,57%), Florianópolis (5,37%) e Vitória (4,94%). Ao longo deste período, dentre as quatro cidades com variações negativas, as menores foram em Salvador (-7,55%) e Recife (-5,80%),.
Salário defasado
O DIEESE estima mensalmente o salário mínimo necessário, tendo como base o maior valor apurado para a cesta e levando em consideração que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
A partir deste cálculo, mm abril, o valor do mínimo foi calculado em R$ 2.255,84, o que representa 4,14 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545,00. Em março, o piso mínimo era estimado em R$ 2.247,94 (4,12 vezes o menor salário legal), enquanto em abril do ano passado correspondia a R$ 2.257,52, ou seja, 4,42 vezes valor então vigente (R$ 510,00).
Cesta x salário mínimo
Para adquirir a cesta básica, o trabalhador que ganha salário mínimo precisou cumprir, em abril, na média das 17 capitais pesquisadas, jornada de 94 horas e 41 minutos, tempo menor que o exigido em março (96 horas e 13 minutos).
Em abril de 2010, a mesma compra comprometia jornada bem maior: 98 horas e 44 minutos. Quando se considera o percentual do salário mínimo líquido gasto com a cesta, após a dedução da parcela referente à Previdência Social, também é possível notar um pequeno recuo, em abril (46,78%) em relação ao comprometido em março (47,54%).
Resultado semelhante pode ser obtido comparando o custo dos alimentos com o salário mínimo líquido, ou seja, após os descontos da Previdência Social. Em abril, o custo dos alimentos representava 53,55% do mínimo líquido, praticamente igual ao de março (53,37%), ambos inferiores ao do mês de abril de 2010 (55,71 %). Em abril de 2010, o custo da cesta representava 48,78% do mínimo líquido.
Comportamento dos preços
A batata, pesquisada em nove capitais, teve alta nos preços em todas as localidades, sendo a maior ocorrida em Curitiba (43,41%), seguida por Belo Horizonte (33,90%) e Porto Alegre (27,56%). Apenas Goiânia (9,09%) teve aumento inferior a 10%.
Produto de grande peso na cesta, a carne mostrou comportamento diferenciado no mês, com alta em nove cidades, a maior em Natal (2,82%), e redução em outras oito, entre as quais mais se destacou Porto Alegre (-1,65%).
O feijão apresentou preços com comportamentos variados. Houve aumento em sete cidades, com destaques para Belo Horizonte (10,14%), E em nove localidades os preços tiveram queda, com destaque para Florianópolis (- 5,19%) e Manaus (-6,49%).
No período anual, os maiores aumentos foram anotados no óleo de soja (26,46%), na carne (21,38%), na farinha de trigo (15,38%), no pão (8,17%), na banana (6,98%), café (4,98%) e no leite (2,64%).
Clima ajudou
Os fatores climáticos favoreceram a produção de alimentos como a batata (-25,08%), o tomate (-15,17%), o feijão (-14,66%), o arroz (-10,68%) e influenciaram na queda.
Autor: Economia SC
Fonte: Economia SC
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