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Moradores de um condomínio em Cachoeirinha sofrem com a ação repetida de bandidos que atacam o estacionamento e levam combustível sem deixar rastros.

De repente, o alarme de um dos carros estacionados no pátio de um condomínio de Cachoeirinha começou a soar. Um dos moradores, despertado no meio da madrugada, consegue chegar à janela a tempo de ver um dos ladrões fugindo. Saldo do ataque: tanques de combustíveis de oito carros foram arrombados e esvaziados.

Os moradores do Condomínio Jardim das Palmeiras, na Avenida Papa João XXIII, na Vila Cachoeirinha, em Cachoeirinha, acreditam que a ação não esteja sendo feita por um único criminoso, mas por um bando. Há pelo menos três semanas os ataques vêm ocorrendo. Antes, os ladrões se contentavam em quebrar vidros e levar rádios e pertences. Agora, a quadrilha parece ter avistado um negócio bem mais lucrativo: furtar o combustível dos automóveis.

    – Meu prejuízo em gasolina foi de mais de R$ 130. Fora o vidro e o rádio do carro – conta o engenheiro civil Alessandro Torres Lima, que reside no condomínio e teve um Brava e um Palio arrombados, num prejuízo que ele acredita chegar a R$ 900.

Para furtar os combustíveis, os ladrões arrebentam a tampa do tanque. Oito foram atacados na madrugada de domingo. Nem ferramenta nem mangueira foram deixados pelo caminho.

    – Chamamos a Brigada mas quem nos atendeu disse que não poderiam vir porque tinham apenas duas viaturas para patrulhar a cidade. Na Polícia Civil, ouvimos a mesma recusa. Estamos cansados dos roubos – desabafa Alessandro.

Cercado por um muro de dois metros de altura, sem vigilância noturna ou câmeras, o condomínio virou alvo fácil.

    – Se não fizerem alguma coisa, dia sim dia não os carros serão atacados – reclama.

Segundo Polícia, casos não foram registrados.Procurado pelo Diário Gaúcho, o delegado Augusto Cavalheiro Neto, titular da 1ª DP de Cachoeirinha, disse que nenhuma ocorrência que mencionasse o furto de combustíveis foi registrada na DP nas últimas semanas.

    – Sem que eles registrem ocorrência, não temos como investigar. Eu preciso que os interessados venham até a delegacia registrar – avisa o delegado Augusto.