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Aumento da inflação traz preocupação com inadimplência

09/05/2011 – O assessor da Serasa explica que em períodos de alta inflação a inadimplência sobe porque o BC aumenta a Selic e porque os bancos sobem os juros.

 

O aumento da inflação reduz o poder de compra da população e traz preocupação com a inadimplência. Se as pessoas estão pagando mais caro por alimentos, por outros produtos e pelos serviços, sobra menos dinheiro no bolso para pagar os empréstimos.

 

Além disso, a expectativa de menor crescimento econômico para este ano leva à redução da renda e de postos de trabalho, o que também contribui para o crescimento da inadimplência, segundo avaliação de economistas.

 

Mas o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, afirma que a inadimplência neste ano, apesar de ficar maior que no ano passado, não será recorde. A previsão da Serasa para este ano é 8%, sendo que em 2010 a inadimplência ficou em 6,3%.

 

Consumidor

 

O assessor econômico da Serasa orienta os consumidores a evitarem dívidas longas. "As pessoas devem evitar o endividamento de longo prazo porque envolve uma incerteza maior. Não dá para saber se a pessoa estará empregada. Além disso, as taxas de juros são maiores", afirmou. Entretanto, ele ressalta que um financiamento mais longo, para a compra de uma casa, por exemplo, pode ser tomado por quem não está muito endividado e se não for comprometer grande parte da renda com as parcelas.

 

Além das dívidas que envolvem muitas parcelas, Almeida sugere que os consumidores evitem o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial. "Estas são modalidades que deveriam ser usadas apenas em situação de emergência, mas as pessoas usam o cheque especial como complemento de renda e usam o crédito rotativo várias vezes", destaca.

 

Quando for necessário pegar um empréstimo, é preciso fazer comparações entre as modalidades e as taxas de juros, segundo os economistas. Para se ter uma ideia, enquanto a taxa de juros do cheque especial chegou a 174,6% ao ano, em março deste ano, o juro cobrado pelo crédito pessoal, incluídas as operações de empréstimo consignado, ficou bem mais baixo, em 47,3% ao ano, de acordo com dados do Banco Central (BC).

 

O economista Newton Marques considera que também é importante cortar despesas quando os gastos superam as receitas.

 

Inflação

 

Almeida explica que a inadimplência sobe em períodos de alta da inflação por dois motivos. Um deles é que o BC aumenta a taxa básica de juros, a Selic, para conter a inflação. Como a Selic serve de referência para as demais taxas, os juros dos empréstimos também sobem. Além disso, em momento de expectativa e de aumento da inadimplência, os bancos querem se proteger dos calotes e aí sobem ainda mais os juros.

 

"A inflação penaliza as classes mais baixas. As classes mais altas fazem aplicações financeiras que dão cobertura sobre a inflação. Além disso, as pessoas das classes mais baixas são novatas, têm pouca experiência em lidar com o crédito", destaca Almeida.

 

 

 

Autor: Economia SC

Fonte: Economia SC

Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.

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