“Uma vitória para o Brasil, para o bom pagador e um grande avanço nas relações comerciais”. Assim reagiu ontem (11) o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, sobre a aprovação da criação do Cadastro Positivo (CP), pelo Congresso Nacional, na noite desta terça-feira (10). O Projeto segue agora para aprovação do Senado Federal.
Segundo Amato, o Brasil já entra atrasado nessa matéria, não apenas em relação aos países desenvolvidos, mas até mesmo em relação a alguns na África que já adotam o CP. “Porque o CP vai reconhecer e beneficiar com juros menores aquela maioria de consumidores que está sempre em dia com seus compromissos”, esclareceu. “Não é justo que os bons pagadores paguem pelos maus pagadores contumazes”, acrescentou.
Além disso, Rogério Amato acredita que o Cadastro Positivo terá um efeito “educativo” muito grande e que será logo adotado pelo consumidor, já que a Lei prevê que a pessoa tem o direito de aceitar ou não incluir seu nome no CP. “Por isso estou convencido de que com o tempo os bons pagadores vão autorizar sua inclusão”, salientou. Até porque, observou o presidente da ACSP/Facesp, itens como problemas no pagamento de contas de celulares, não vão penalizar ninguém.
É importante para Rogério Amato que o Projeto seja votado logo no Senado, porque a ausência do CP representa mais custos para as empresas, “e quem acaba pagando isso é a população”. Ele lembrou que no México a adoção do CP chegou a reduzir em até 30% o custo do crédito. “Agora é preciso que o sistema financeiro reconheça isso e reduza esse custo do dinheiro para o tomador final”, resumiu.
Autor: FCDL/SC
Fonte: FCDL/SC
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