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As vendas externas de carne de frango continuam elevadas, mas as margens se reduzem em razão da valorização do real e dos elevados custos internos.

O presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Clever Pirola Ávila, analisa que o desempenho da avicultura catarinense no 1º quadrimestre deste ano foi marcado por um quadro de custos de produção elevados e perda de competitividade em razão da política cambial.

O elevado preço do milho, neste ano, encareceu a produção de aves. No Brasil, a média mensal da saca de milho atingiu R$ 30,26 em abril, acumulando alta de R$ 22,26 em relação ao mesmo mês do ano passado. As vendas cresceram em razão do fortalecimento do poder de consumo da população brasileira.

Santa Catarina continua liderando as exportações brasileiras por volume. No mês de abril praticamente empatou com o Paraná (89.252 toneladas e 89.224 toneladas). Em relação à receita, as exportações catarinenses mantiveram o primeiro lugar em abril, com US$ 209,5 milhões. Em seguida vem o Estado do Paraná, com US$ 177,3 milhões.

Em terceiro lugar está o Rio Grande do Sul, com US$ 121,9 milhões. São Paulo vem na quarta posição, com US$ 47,9 milhões. No quinto posto aparece o Estado do Mato Grosso, com US$ 34 milhões.

Para manter a competitividade nesse regime cambial de real valorizado, portanto, desfavorável aos exportadores, as empresas sofrem. "Estamos limitados com preços de mercado que não aceitam mais aumentos," expõe Ávila.

O presidente da ACAV assevera que, em função dos preços do milho e da valorização do real, os custos em dólar das indústrias avícolas brasileiras são, agora, similares às indústrias norte-americanas.

Apesar da situação cambial, as exportações não param de crescer. As exportações brasileiras de carne de frango atingiram US$ 689,59 milhões em abril deste ano, com crescimento de 27,9% no comparativo com o mesmo período de 2010.

O bom desempenho também foi registrado nos volumes embarcados, com 325,2 mil toneladas, incremento de 4,9% em relação a abril do ano anterior. O saldo dos quatro primeiros meses de 2011 é de US$ 2,556 bilhões e incremento de 28,2%, no comparativo com o resultado do mesmo período de 2010.

Destino

Os cortes constituem o principal produto da pauta exportadora avícola representam mais de 50% do total. Depois vem o frango inteiro, com 36% do volume exportado e o frango salgado, responsável por 6% dos embarques. Os produtos avícolas processados representaram 5% das exportações.

Os principais destinos das exportações de carne de frango foram Oriente Médio, com importações de 116,6 mil toneladas do total do mês, representando receita de US$ 221,3 milhões.

Em seguida, vem a Ásia, com 92,6 mil de toneladas e US$ 216,9 milhões. A África, em volumes, foi responsável por 33,7 mil toneladas e US$ 44,6 milhões. A União Europeia importou no período 45,1 mil toneladas, com receita de US$ 135,9 milhões. As exportações brasileiras com destino aos países das Américas somaram 22,6 mil toneladas e US$ 40,1 milhões.