Segundo dados da Organização das Nações Unidas, uma pessoa necessita de 110 litros de água por dia, ou 3,3 m³ mensais, para suprir suas necessidades de consumo e higiene. No Brasil o consumo é excessivo – pode chegar a 200 litros por dia -, o que afeta o bolso e prejudica o meio ambiente.
“É preciso preservar os recursos naturais. A água é um bem que se torna impróprio rapidamente por causa da poluição, sem chance de recuperação total”, observa Carlos Samuel Silva Freitas, diretor comercial e de locações da PRIMAR Administradora de Bens.
Para evitar o desperdício e minimizar o gasto de água, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) propôs o projeto de lei do senado PLS179/06. O documento prevê que a cobrança das tarifas de água e esgoto sanitário em condomínios seja feita obrigatoriamente por unidade individual. O projeto também proíbe a inclusão de tarifas de serviços públicos prestados a unidades autônomas nas despesas do condomínio.
“Com estas mudanças os condôminos irão gastar menos dinheiro e economizarão água. Em várias cidades do país, como Curitiba e Rio de Janeiro, já existem leis semelhantes”, ressalta.
No Rio, a lei nº 3915 obriga a empresa responsável pela captação, tratamento e distribuição de água a instalar o aparelho individual nas unidades do condomínio. A lei abrange todo o estado do Rio de Janeiro e prevê ainda que se não for possível fazer a instalação dos medidores individuais, a cobrança dos condôminos inadimplentes é de responsabilidade da concessionária.
“A legislação veda a chamada cobrança por estimativa, que normalmente é utilizada quando não é possível ter acesso ao medidor. O objetivo é garantir que cada um pague pelo que usou”, explica.
Pesquisas apontam que os medidores individuais reduzem em até 25% o consumo de água. Outro benefício é a equidade na cobrança, pois com o aparelho é possível saber exatamente a quantidade do recurso hídrico utilizada em cada apartamento.
“Sem a medição individual um casal sem filhos pagaria a mesma taxa de água do que uma família com cinco pessoas, por exemplo. Isto acontece porque o montante é dividido entre os moradores, sem levar em consideração o número de pessoas em cada unidade e as diferenças no consumo”, aponta.
As vantagens da instalação de medidores individuais nos condomínios superam os aspectos financeiros. A consciência ambiental também é fortalecida, já que a conta mostra os metros cúbicos consumidos em cada mês. “Infelizmente em muitos casos é preciso mexer no bolso para mudar algumas realidades, como acontece com o trânsito. A prudência aumentou com a aplicação de multas. Com a conta individual os moradores passam a analisar se o gasto com água está de acordo com as suas necessidades ou se está havendo desperdícios”, enfatiza.
Problemas relacionados à parte hidráulica podem ser solucionados com mais rapidez quando a água é cobrada de maneira individual. Danos no encanamento, torneiras que vazam ou descargas que não param podem ser identificados com o aumento no valor da conta.
“As edificações mais antigas tem que buscar soluções para se adaptar a nova realidade. A maioria das novas construções já possui a tubulação preparada para receber os medidores e alguns entregam as unidades com os hidrômetros instalados, facilitando o cumprimento da lei”, afirma.
A instalação dos hidrômetros individuais deve ser aprovada em assembléia por pelo menos metade dos moradores do condomínio, em uma reunião específica para discutir o assunto. O síndico pode contribuir com a reunião, mostrando os benefícios da economia de água para a natureza e para o bolso de cada um.
“Existem várias empresas que executam este tipo de serviço. É fundamental fazer uma pesquisa de preços e comparar os valores cobrados. Assim o gestor condominial assegura o menor custo possível na adaptação do edifício aos medidores”, acrescenta Freitas.
Autor: Pautas Incorporativas
Fonte: Síndico Net
Obs.: Os textos aqui apresentados s?o extra?dos das fontes citadas em cada mat?ria, cabendo ?s fontes apresentadas o cr?dito pelas mesmas.