Diante dessa equação entre aumento da demanda e diminuição da oferta, o impacto nos preços não poderia ser dos melhores. A pesquisa do FipeZap - índice que mede a inflação no mercado imobiliário de seis capitais - aponta que, no Rio, nos últimos 12 meses, os imóveis de um quarto foram os que mais subiram - taxa de 37,7% - seguidos pelas unidades de quatro quartos (36,1%), dois (30,6%) e três (29,3%). Em quatro anos (desde o início da série), a variação do quarto e sala chega a 181,7%, também acima dos apartamentos de dois quartos (153,2%), três (146,7%) e quatro (137,9,8%).
“Os preços que mais subiram foram os dos apartamentos menores. E, apesar de em ritmo menor, a tendência é de eles continuarem em alta. Há custos que são fixos, como os de marketing, no caso de lançamentos, que puxam o preço do metro quadrado em imóvel menor”, diz o economista e pesquisador Eduardo Zylberstajn, coordenador do FipeZap.
Para o vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-Rio), Leonardo Schneider, o quarto e sala está desaparecendo do mercado apesar da demanda cada vez maior por imóveis com esta tipologia: “Temos sentido essa perda de espaço do imóvel de um quarto, há algum tempo. As construtoras têm investido mais em moradias de dois quartos, por serem mais versáteis. Caso o cliente queira, pode mudar a configuração para ampliar a sala ou fazer do segundo cômodo um escritório.”
De qualquer forma, se você está empenhado em encontrar apartamentos do modelo um quarto, Schneider aponta as regiões de Copacabana, Centro e Tijuca como as que têm maior número de ofertas. Segundo o Secovi-RJ, o preço do metro quadrado nessas regiões são, respectivamente, R$ 11.184 , R$ 6.236, e R$ 5.678. Já para quem quer alugar, os valores são R$ 46,66 (Copacabana), R$ 25 (Centro) e R$ 28,08 (Tijuca).
Autor: O Globo
Fonte: Secovi Rio
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