Pouca utilização de madeira nas obras diminui agressão ao meio ambiente. Condomínio tem usina de esgoto que faz tratamento de dejetos das casas.
Construir sem degradar. Esse é o desafio de uma das atividades humanas que mais causam impactos ambientais, a construção civil. Dados da Associação Nacional de Arquitetura indicam que cerca de 50% dos recursos extraídos da natureza são destinados ao setor. E reduzir o uso desses materiais requer criatividade. A conscientização não vem apenas de condomínios de luxo, mas também de construções populares.
Em um condomínio em Araçatuba (SP), os conceitos de sustentabilidade foram colocados na construção dos apartamentos. A pouca utilização de madeira durante as obras diminui as agressões ao meio ambiente.
“Nós optamos por utilização da alvenaria estrutural, que não usa pilar nem vigas de madeira. Estamos acostumados a ver aquelas formas de madeira, que são usadas duas ou três vezes e depois são queimadas, o que polui o ambiente”, afirma o engenheiro civil Rodrigo Andolfato.
No residencial também existe um projeto de arborização, que prevê o plantio de duas mil mudas, das espécies ipê e jacarandá. Iniciativa que deve mudar o clima e a paisagem oferecidos aos moradores. E o mais importante: sem elevar os custos da moradia.
“O plantio é importante para que haja uma captação de gás carbônico na atmosfera e com isso, consiga tirar o impacto que a gente causaria na natureza com a construção da obra e de mais duas obras convencionais”, diz o engenheiro.
Além do plantio das duas mil mudas e da preocupação com o meio ambiente no momento da construção dos apartamentos, o condomínio também estimula a preservação da água. Um sistema de canalização permite que toda a água da chuva seja armazenada e reaproveitada para a descarga. Ideia que protege os recursos naturais e garante economia aos moradores.
Em um outro condomínio, que fica entre os municípios de Araçatuba e Birigui (SP), a ordem também é reutilizar. Com tecnologia japonesa, uma usina de esgoto faz todo o tratamento de dejetos das casas e devolve uma água 95% limpa. “Ela não pode ser consumida, mas pode ser reutilizada para lavar calçadas ou aguar as plantas”, explica o administrador do condomínio, Wagner Pereira.
Além da redução no desperdício de água, o residencial também investiu em arborização. Na opinião da ecóloga Adriana Castro, as medidas tornam o ambiente mais saudável para os moradores. “Arborização urbana para um pais quente como o nosso faz com que a temperatura fique mais amena, além da fauna urbana, que cresce”, afirma.
Autor: G1
Fonte: Síndico Net
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